quinta-feira, 5 de março de 2009

Os lucros da pobre GALP

A palavra crise, por definição, não nos faz lembrar coisa boa. Muito pelo contrário, quando ela é dita, das duas uma, ou estamos mais ou menos tramados ou então significa que já fomos tramados. Seja como for, a conclusão é sempre má.
Mas ainda assim, e dentro de todos os aspectos negativos, devemos considerar o que de positivo a crise nos dá.
Baixaram quase todas as taxas de juro e baixou drásticamente o preço do barril de petróleo. Há um ano atrás, ninguém imaginava que o barril custava 150 dollars e actualmente ele ronda os 40 dollars. Se visitarmos a visinha Espanha, verificamos que o preço dos combustiveis, acompanha, tanto em alta como em baixa, o preço do barril de petróleo.
Em Portugal também deveria acontecer, mas não acontece.
Lembram-se certamente, da subida galopante do preço do barril de petróleo, que se verificava todos os dias e da imediata reacção das petroliferas a esse aumento.
Pois bem, se para eles aumenta o custo de produção, concordo que o preço de venda ao publico deve aumentar. Mas defendo ainda que, particularmente a GALP, deveria ter uma reacção enérgica, no sentido de fazer acompanhar os preços, quando o preço do barril está em queda.
Os Portugueses estão a pagar muito mais do que deviam por cada litro de combustivel.
E qual o meu espanto quando leio na edição online do Jornal Publico, o seguinte titulo: "Galp ganhou 105 milhões no final de 2008 com lento acerto no preço dos combustíveis".
O lucro desta empresa cresceu 14%, atingindo os 438 milhões de euros em 2008 e adivinhem às custas de quem? Pois é, do bondoso Povo.

Resta-me, como consolo, esperar que a GALP tenha o bom senso de aplicar bem o seu (nosso) dinheiro, de preferência em algo que promova o emprego e que consiga ajudar a frágil economia de Portugal.

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