Tenho por hábito, ver televisão em todos os momentos que me sento à mesa. Não seu se é um bom hábito, apenas sei que o faço. Os novos tempos fazem com que qualquer pessoa se sinta na obrigação de estar informada, sob pena de sermos ultrapassados.
Todos os dias, sem excepção, as televisões mostram-nos reportagens da vida real. Penso que por vezes, os horários (nobre, por sinal) em que as emitem, são errados, até porque defendo que a televisão deverá ser usada, pelo menos na altura de refeições, como meio de ajuda à comunicação familiar e não como meio de angústia ou qualquer outro sentimento negativo.
Mas seja como for, o caso particular que vos quero relatar, envolve as farmácias Portuguesas.
Assisti a uma reportagem, enquanto almoçava, que retratava a situação dificil a nível orçamental em que as pessoas, especialmente os mais idosos, vivem nos tempos que correm. Nada que eu já não tivesse conhecimento. No seguimento da peça jornalistica, foram abordados vários idosos, aos quais perguntavam se o dinheiro chegava para comprar todos os medicamentos. A resposta é obvia: claro que não. Mas o mais grave, é que através dos senhores Farmacêuticos, ficamos a saber que muitos deles cortam na medicação, comprando apenas os mais importantes.
Neste caso, não é tolerável nem aceitável que uma qualquer pessoa seja obrigada a escolher entre o medicamento A ou B. Se precisam deles, têm de os tomar.
E é no seguimento disto que chego ao ponto fundamental deste post.
As farmácias Portugueses, ou pelo menos a sua maioria, permite às pessoas com menos possibilidades, levantar os medicamentos e pagar posteriormente, conseguindo deste modo fazer com que nenhuma pessoa fique sem os seus medicamentos.
Sei que poderá não ser surpresa para ninguém o que acabo de relatar, mas acreditem que foi uma boa sensação, ouvir de uma senhora, com os seus setentas e muitos, o seguinte: "Eles são meus amigos. Graças a eles, não tenho de cortar na medicação".
É sem margem para duvidas, um acto que merece o devido reconhecimento.
É a realidade que não se pode mudar! Gostei muito do post. Parabéns. Só é pena que os criticos do costume não comentem outros assuntos. Parabéns mais uma vez.
ResponderEliminarPara que o meu amigo Ribeira não fique com a ideia de que eu (o anónimo do costume, o soldado e coiso e tal)só apareço para "criticar", aproveito o post para lhe dar uma novidade, que do mesmo modo que as famácias, merece o devido reconhecimento. Antes de mais deixe-me dizer-lhe que os exemplos que deu são lamentávelmente reais e que tenho conhecimento de outros também eles lamentáveis. Do tipo, doentes que partem comprimidos a meio, não tomando assim as doses prescritas, para poderem poupar em medicamentos de maneira a que eles cheguem ao fim do mês. Embora dificil de acreditar, acredite que é assim.
ResponderEliminarA boa notícia, que eu acredito que irá merecer o seu reconhecimento, é a de que no nosso munícipio, por decisão da Cãmara e da Assembleia Municipal, VAI SUBSIDIAR EM 30%, TODOS OS MEDICAMENTOS COMPRADOS NAS FARMÁCIAS DO CONCELHO, PELAS PESSOAS QUE FAÇAM PARTE DE AGREGADOS FAMILIARES QUE COMPROVADAMENTE VIVAM COM CARÊNCIA ECONÓMICA.
NOTÁVEL NÃO ACHA? ESTE ASSUNTO MERECE UM POST!
Para que perceba melhor a novidade, convêm esclarecer que os 30% incidem sobre o valor residual do preço do medicamento depois de paga a comparticipação estatal.
Ex. Se o medicamento custar 100€ e o estado o comparticipar em 30%, custa ao doente 70€.
Com o subsídio municipal de 30% passará a custar ao doente 49€, beneficiando assim de uma redução de 21€.
No ano que corre, com todos os problemas que nos assolam, quando o estado devia olhar aos mais desfavorecidos e aliar-se aos municipios com o objectivo de encontrar soluções para as dificuldades (politica de proximidade, recorda-se) têm os municipios, os que querem, os que preferem estas opções, de se substituir ao governo.
Cumprimentos
Caro anónimo. Concordo consigo. Mas deixe que lhe diga, encontrei essa informação num blogue e como não é o orgão oficial da Câmara Municipal de Gouveia (embora pareça), apenas a li, não a considerando de todo relevante, esperando assim, ver algo mais concreto em órgãos oficiais.
ResponderEliminarAté ao momento ainda não encontrei nada, mas poderei não estar a procurar nos sitios correctos. Desde já agradecia-lhe que me encaminhe para um site onde apareça essa informação. Uma nota final: Ainda bem que escrevi o post "a minha politica", dado que serviu de mote para que o sr. participasse positivamente. Mais uma vez, obrigado.