A esmagadora maioria das áreas protegidas Portuguesas foram criadas nos anos 70 e 80 do Século XX, sob o signo do fundamentalismo ambiental.
Tudo era proibido fazer nesses territórios.
O homem era visto como um predador indesejado.
Para cortar mato para a cama dos gados, ou um simples pinheiro para lenha, eram precisos pedidos de autorizaçãoe requerimentos, numa burocracia sem sentido.
De nova esperança para o desenvolvimento sustentado do meio rural, os Parques Naturais passaram a ser vistos pelas populações como obstáculos indesejados e estruturas repressivas.
Com os anos, a desertificação do interior acentuou-se, os terrenos agricolas ficaram ao abandono, os rebanhos quase se extinguiram.
Vastas áreas cobriram-se de silvados e mato, que verões mais severos e secos transformam em autênticos barris de polvora.
Os incêndios florestais passaram a ser a imagem de marca do despovoado interior Português, acabando por "limpar" tudo no seu caminho.
Os tais fundamentalismos de uma natureza livre do Homem que durante séculos manteve um equilibrio saudável no mundo rural podem limpar as mãos à parede com as suas teorias pseudo-cientificas.
O fogo, em 20 anos, acabou por destruir mais eco-sistemas que variar gerações de agricultores e pastores ao longo de gerações.
E o mais preocupante, é que o fenomeno dos incêndios florestais já nem o calendário respeita, trocando a volta aos equinócios.
Ainda agora foram mais umas centenas de hectares de floresta que arderam no Parque Natural da Peneda-Gerês. E estamos em Março!
Já se sabia que a sobrepopulação põe em risco a sustentabilidade ambiental em várias regiões do globo.
Mas, à sua escala, a desertificação humana do interior de Portugal acarreta outros perigos que não podemos subestimar.
Tudo era proibido fazer nesses territórios.
O homem era visto como um predador indesejado.
Para cortar mato para a cama dos gados, ou um simples pinheiro para lenha, eram precisos pedidos de autorizaçãoe requerimentos, numa burocracia sem sentido.
De nova esperança para o desenvolvimento sustentado do meio rural, os Parques Naturais passaram a ser vistos pelas populações como obstáculos indesejados e estruturas repressivas.
Com os anos, a desertificação do interior acentuou-se, os terrenos agricolas ficaram ao abandono, os rebanhos quase se extinguiram.
Vastas áreas cobriram-se de silvados e mato, que verões mais severos e secos transformam em autênticos barris de polvora.
Os incêndios florestais passaram a ser a imagem de marca do despovoado interior Português, acabando por "limpar" tudo no seu caminho.
Os tais fundamentalismos de uma natureza livre do Homem que durante séculos manteve um equilibrio saudável no mundo rural podem limpar as mãos à parede com as suas teorias pseudo-cientificas.
O fogo, em 20 anos, acabou por destruir mais eco-sistemas que variar gerações de agricultores e pastores ao longo de gerações.
E o mais preocupante, é que o fenomeno dos incêndios florestais já nem o calendário respeita, trocando a volta aos equinócios.
Ainda agora foram mais umas centenas de hectares de floresta que arderam no Parque Natural da Peneda-Gerês. E estamos em Março!
Já se sabia que a sobrepopulação põe em risco a sustentabilidade ambiental em várias regiões do globo.
Mas, à sua escala, a desertificação humana do interior de Portugal acarreta outros perigos que não podemos subestimar.
É verdadeiramente preocupante... o concelho de Gouveia, arrisca-se a desaparecer, daqui a 20-50 anos(não estou nada optimista).
ResponderEliminarNão têm sido tomadas medidas para contrariar esta tendência, pelo contrário... ( e com o isolamento que nos querem impor com a barragem...)
Há que começar pelo óbvio, como políticas de fixação dos jovens como a "protecção social", fiscal e económica e incentivo à natalidade (não quero parecer xenófobo, nem racista, mas há que apostar nos de cá, para os fixar e não os deixar fugir).
Não me parece assim tão difícil.
Basta crer e querer.
Já no "Rascunhos" se falou sobre desertificação, num ou outro post. O que continuo a reafirmar, apesar de alguém me ter alertado para o facto de em Espanha não existirem muitas aldeias (facto que carece de confirmação e do qual desconfio). Acontece que Espanha, e não me canso de o dizer, mostra-nos claramente como é que um país se pode desenvolver como um todo. Enquanto lá as regiões se desenvolvem equatitivamente, cá num país tão pequeno, parece que o poder político apenas se interessa pelo litoral.
ResponderEliminarCaro anónimo (0:52). Desaparecer não me parece o termo adequado. O problema é que Gouveia poderá, no prazo que indica, deixar de ser o 3º maior Concelho (em termos populacionais), para passar a ser o 5º ou o 6º). Mas até aqui não acredito, pois o problema que Gouveia tem pela frente é idêntico aos dos outros Concelhos.
ResponderEliminarCaro aquinaosetalmal, será que a regionalização poderá travar este problema e fazer com que o nível de evolução se aproxime ao de Espanha?
Cumprimentos
A responsabilidade da desertificação do interior, vai muito para além dos sistemas protectores dos Parques Naturais. Em meu entender, a responsabilidade maior, centra-se nos sucessivos políticos (a maioria de qualidade duvidosa), que tem passado pelos diversos governos e autarquias da bipolarização (PS / PSD). Esses sim, são os verdadeiros culpados, que só se lembram do interior de 4 em 4 anos, e que depois de passar o acto eleitoral, estão-se completamente a marimbar para quem cá vive. Nunca foram capazes de por em prática verdadeiras políticas, que de algum modo, para além de fixar no interior os seus naturais, fossem atractivas ao investimento de forma a criar postos de trabalho. Em termos de acessibilidades, estamos completamente tolhidos. Fala-se nos IC(s), mas esses vão passar completamente fora de Gouveia, isto porque existe um secretário de estado, natural de Oliveira do Hospital (que se diz…, muito amigo do autarca de Gouveia), mas que irá fazer passar todos os IC(s) à porta de sua casa. No que diz respeito à politica de saúde, mais dia menos dia, o SAP de Gouveia será encerrado, (os acordos com as IPSS são só para quem eles querem… já é comum ouvir-se dizer que a pessoa tal morreu ou está internada num qualquer lar de Aguiar da Beira, Guarda, Seia, Covilhã, etc, …cá não havia vagas!!!), as escolas primárias das freguesias serão todas encerradas , enfim, um role de más noticias, que só vêm confirmar o que se diz nas entrelinhas dos estudos, de que daqui a 40 anos, Gouveia não existe no mapa…entretanto de 4 em 4 anos lá continuaremos nós a ir votar.
ResponderEliminar...até encerrarem os locais de voto.
ResponderEliminar