Se há alguém a quem não interessa o arquivamento parcial do processo Freeport com base no pressuposto de que, mesmo tendo havido ilícito criminal, corrupção passiva por acto licito, o mesmo havia já prescrito, esse alguém é José Socrates.
Cai assim por terra toda a lógica de mais um ataque cego e injurioso do Jornal de Manuela Moura Guedes de 6ª Feira na TVI, bem como a construção fantasiosa de uma hipotética pressão sobre os Procuradores do Processo em questão, pressão essa exercida por interposta pessoa, mas a mando do Ministro da Justiça e do próprio Primeiro Ministro.
Só a descoberta da verdade toda, o que implica que as investigações vão até ao fim e tão fundo quanto possivel, satisfazem a sede de Justiça, que limpe a honra, a dignidade e o bom nome de José Socrates.
Arquivar seria a fuga e a suspeição. Se pressionar o Ministério Publico é crime, porque não denúncia o respectivo Sindicato os autores de tais pressões e os constitui arguidos?
Porque espera pela audiência pedida ao Presidente da Républica há mais de uma semana, permitindo a especulação jornalistica sob o tema e a deturpação dos factos?
A quem aproveita guerra surda, o alimentar de querelas e suspeições no seio da Procuradoria Geral da Republica?
Quem pretende denegrir a isenção e a autoridade do Senhor Procurador Geral Pinto Monteiro?
Finalmente, o que levaria Cavaco Silva, a não conceder a audiência solicitada pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, com tanta urgência, na semana passada?
Que grande baralhada, ainda bem que o Sr. Ribeira não é investigador no caso.
ResponderEliminarCaro low profile, baralhada é o próprio caso. Baralhada são as informações que quase todos os dias vêm a publico. Baralhado andam todos aqueles que se alimentam de intrigas sem fundamento visivel.
ResponderEliminarEste post apenas lança algumas perguntas, às quais todos deveriamos estar interessados em saber as respostas.
Cumprimentos
É evidente que este estado de coisas só interessa ao PSD. Enquanto se falar disto, ninguém questiona a falta de qualidade (com provas dadas)da sua líder, até os próprios inimigos internos se encontram calados. O que já se disse de José Sócrates não lembra ao diabo e num outro pais, tal figura satânica, teria já sido no mínimo condenada à morte. Foi o caso da sua licenciatura, foi o caso dos projectos das casas na Guarda, é o caso freeport, a compra da sua casa, os negócios da mãe, etc, etc, etc... Haverá gente presa por muito menos. É notória a campanha contra a pessoa do PM, o qual desde o 25 de Abril mostrou coragem para levar por diante, uma politica que mexeu com alguns poderes instituídos e com algumas classes de intocáveis deste pais, o que de todo não é fácil. Somos um povo assim, já os Romanos o diziam, e outro tiveram que fugir como Guterres e Durão Barroso. Acho que Portugal anda a necessitar de um novo 25 Abril, mas desta feita sem cravos!
ResponderEliminarP.S.
As obras eleitorais de A. Amaro tiverem inicio junto à praça de S.Pedro. Começou pelo passeio dos correios, e que irá certamente justificar outras obras de beneficiação e esplanadas naquela zona, deixando assim de haver local para estacionar a barraca das fartura em épocas festivas, a não ser que a coloquem pela porta a dentro dos chineses. Assim vai este triste burgo....
(o que escrevi no Rascunhos)
ResponderEliminarCaro GVA, este caso comporta várias vicissitudes que ilustram o estado do sistema judicial português. Por um lado a investigação judiciária atravessa na minha opinião uma das crises mais nebulosas desde há muito. Sempre ouvimos que a nossa Policia Judiciária era uma das melhores da Europa, o que acredito plenamente. Simplesmente o problema está na condução desses mesmos processos pelos magistrados. A falta de protecção aos investigadores, a constante violação do segredo de justiça e as pressões a que os mesmos são sujeitos, faz com que os processos na maioria das vezes sofram enviosamentos prepositados, na tentativa de os descridibilizar.
Como é que se explica que um processo que já deveria ter sido resolvido há vários anos, venha novamente a público, porque na altura certa não se tomaram as diligências necessárias. A quem interessou não se ter ido mais longe, e a quem é que interessa vir o mesmo agora a lume. Chama-se a isto politizar a justiça, e isso não devia ser permitido.
Como é possível que o presidente Sindicato dos Magistrados do Ministério Público tenha ido apresentar o problema das supostas pressões ao Presidente da República sem primeiro dar conhecimento ao Procurador Geral da República. Qual é a leitura desta atitude ? Quer ter visibilidade e mediatismo ? Quer politizar este caso ? Ou não confia na Procuradoria Geral da República ?
Espero que o caso se resolva rapidamente para bem, não só dos próprios envolvidos, como do país. O Procurador já garantiu que a situação se iria resolver com brevidade.
O anónimo das 10:38 diz muito bem que há gente preza por muito menos. Também por muito menos já foram afastados chefes de estado de outros países. Também por muito menos o PS já pediu, e bem, a demissão de ministros.
ResponderEliminarVejam por exemplo relativamente ao suposto envolvimento de Paulo Portas no caso da Universidade Moderna:
“… Enquanto dirigente político é-me relativamente indiferente que o cidadão Paulo Portas seja penalmente condenado. Acredito na força da justiça em Portugal, na prevalência do Estado de Direito e, portanto, sei que no quadro das regras jurídicas que orientam a nossa sociedade (e só nestas) não deixará de ser feita justiça. O problema é outro; - é claramente um problema de carácter e de ética política. O que nos deve preocupar é se, no quadro das suspeitas que recaem sobre o Dr. Paulo Portas (independentemente da sua futura comprovação e, consequentemente, adequado procedimento incriminatório) é legitimo nada fazer no plano estritamente político. Dou obviamente como adquirido que os políticos, porque têm as suas vidas mais expostas à devassa pública, estão obrigadas a regras de comportamento e de carácter mais rigorosas que o comum dos cidadãos.“
ou…
“O PS enviou ontem uma carta ao procurador-geral da República pedindo «que confirme se os factos noticiados pelo EXPRESSO e pelo ‘Público’ constam do relatório final da PJ sobre a Universidade Moderna». A carta é assinada pelo líder parlamentar, António Costa. Uma vez obtida a confirmação oficial, os socialistas «farão o que tiverem a fazer», ou seja, deverão pedir a demissão do actual ministro do Estado e da Defesa com o argumento de que, «por muito menos», vários ministros dos governos socialistas deixaram os seus postos.“
Relativamente à falta de interesse de José Socrates no arquivamento do processo, o autor do post parte do pressuposto de que este não tem tal interesse porque está inocente. Mas nesse caso o natural era que quisesse limpar o seu nome do caso, de forma mais rápida possível. Dessa forma deveria, como a lei o prevê, constituir-se voluntariamente assistente no processo, esclarecendo assim o seu envolvimento e ajudando a investigação. Se não o faz é porque algo teme...
constituir-se voluntariamente assistente no processo...era o que mais faltava e que o PSD queria, para depois dizerem, afinal o homem está envolvido nisto tudo. O que é certo é que todo o processo freeport nasceu de um carta anónima, que de anónima não tem nada, foi ditada pela PJ, isto sim já foi provado na justiça e o que aconteceu? Pouco ou nada que eu saiba.
ResponderEliminar...Foi ditada ou foi sugerida pela PJ, como muito bem denunciou o Bastonário da Ordem dos Advogados, descobrindo-se depois que o seu autor era um conhecido quadro do CDS que viria a ser condenado. Deixem prosseguir o curso normal do processo, apesar da campanha alarve de certos órgãos de comunicação social, com destaque para o jornal da beiçuda Manelinha (a da TVI, não a do PSD...)
ResponderEliminarO anónimo das 11.20h não dá lições de ética e moral aos socialistas que, no campo dos princípios, têm exemplos de uma postura inigualável de responsabilidade política. Quer ver?
Marcelo Curto, demitiu-se de ministro quando se veio a saber que um filho seu...era consumidor de drogas leves.
António Vitorino demitiu-se na sequência de uma acusação de ter fugido ao pagamento do imposto de sisa, quando mais tarde se veio provar judicialmente que tal não era verdade.
Jorge Coelho pediu a demissão de ministro na sequência da queda da ponte de Entre-os-rios, como se tivesse sido ele a derrubar os pilares...
Que exemplos já nos deu o PSD quando no Governo? Será preciso lembrar algumas peças jornalísticas do "Independente", cujo director até era Paulo Portas, onde não havia praticamente ministro ou secretário de estado que não estivesse envolvido em "nebulosas" histórias de corrupção?
Não gostam do 1º Ministro, José Sócrates? Paciência...Têem que lhe ganhar as eleições, ou continuar a "gramá-lo". É a vida...
Pressões??…. É claro que toda a gente cede…de forma mais ou menos evidente, todos somos susceptíveis, uns mais que outros, isso é verdade, mas…Toda a gente tem um preço.
ResponderEliminarRelativamente ao caso Freeport, este eclodiu já em 2005, durante algum tempo foi “abafado” e agora voltou. Claro que há um aproveitamento político, mas “onde há fumo há fogo”…
Não podemos condenar ninguém antes de os factos serem apurados, mas este é um caso “insólito” pois todas as” instancias” que exoneram, punem e processam dependem do Governo (e aqui é que começam as pressões, o empregado irá julgar o patrão)
Já aqui falaram de Paulo Portas e da forma hábil como ele se “safou” (enquanto ministro )
Infelizmente, no nosso país “o crime continua a compensar”
Urge uma nova legislação face aos crimes do colarinho branco e enriquecimento ilícito.