sexta-feira, 17 de abril de 2009

América, para que te quero...

Mexeram na 'carta base' e todo o baralho (leia-se Estados Unidos da América) desmoronou-se. Como se já não fosse suficiente a catástrofe financeira que caíu no País de Obama, ainda conseguiram arrastar todas as economias mundiais.
Quando vemos as grandes potências europeias com problemas, não poderiamos esperar outra coisa que não fosse Portugal também ter problemas.
Este filme terror que todos vivemos, poderia ter um nome: E tudo a crise levou!
Falar de crise sem falarmos do galopante desemprego seria estar a esconder a sua consequência mais gravosa para as populações.
Hoje, "a União dos Sindicatos da Guarda (USG) mostrou-se preocupada com o aumento da taxa de desemprego no distrito, indicando que em Fevereiro eram contabilizados mais 604 desempregados do que no mesmo mês de 2008."
"Segundo o coordenador da USG, Honorato Robalo, a situação do desemprego tem-se "agravado desde o início do ano", apontando que os dados disponíveis indicam que em Fevereiro "o número de desempregados aumentou" em relação a igual período de 2008, "passando de 6.680 para os 6.880 trabalhadores desempregados"."
Este mesmo estudo, mostra que as mulheres são as mais afectadas (4.002) , comparativamente aos homens (2.878).
O estudo também mostra o nível de desemprego Concelho a Concelho. Neste campo, Gouveia encontra-se em 3º lugar (797 desempregados, 362 homens e 435 mulheres), logo atrás da Guarda e de Seia. Os Concelhos com menor número de desempregados são Mêda, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Aguiar da Beira.
A realidade destes números não pode ser escondida. É urgente que as medidas anti-crise e de combate ao desemprego cheguem rapidamente ao nosso Distrito. Por sua vez, a injecção de dinheiro, não poderá é ser feita aleatóriamente. Tudo terá de ser muito bem planeado, para que as medidas que venham a surgir, não se esgotem num curto espaço de tempo.

Tudo será mais fácil se a América voltar à normalidade. Valha-nos S. Obama!

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Fonte: Diário de Noticias online.

17 comentários:

  1. Caro Ribeira, não me parece que Obama nos valha. Este aumento de desemprego e falta de perspectivas de futuro que existe no nosso concelho e no interior do país, apenas é agracado pela crise actual, mas não se explica através desta crise. A consequente desertificação do interirior, a falta de investimento dos sucessivos governos nas regiões desfavorecidas do nosso país, é, além de uma questão económica, uma questão de vontade política.
    Neste sentido, e vivendo a grave crise que estamos a atravessar, quando existir novamente a possibilidade de investimento público, não duvide, ela será para salvar as grandes cidades do litoral, e não as do interior. Basta ver as grandes/megalómanas obras que se aproximam. Na minha opinião, um insulto à dignidade do povo português.

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  2. Não podia estar mais de acordo com a analise feita pela aquitasebem. Fica a pergunta o que podemos nós fazer? Não mais votar? Organizar movimentos cívicos que lutem pelas causas dos povos do interior? Solicitar maiores apoios para a nossa, essa sim, verdadeira "Insularidade"? Não faço a mínima ideia por onde passa a resolução deste problema, mas contem comigo.

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  3. Caro aquitasebem, uma vez mais, bem vindo/a.
    Sei, como o sr./srª, que os problemas deste nosso interior não tiveram inicio com esta crise, iniciada lá nas Américas.
    A falta de investimento é notória dos sucessivos governos, o fugir da massa jovem para o litoral são problemas que requerem resolução urgente.
    Ainda assim, temos que reconhecer que um primeiro esforço foi feito, com a contrução da A23 e A 25, Hospital de Seia e da Guarda. E nós Gouveenses, o que nos resta. O novo mapa rodoviário irá colocar Gouveia ainda mais isolada. Faltou-nos a influência e o poder que outros tiveram. Tudo isto, leva a um crescente desinteresse dos mais jovens.
    A falta de acessibilidades irá impedir a vinda de uma qualquer fábrica ou indústria.
    Gostava que assim não fosse, mas a dura realidade não nos mostra grandes soluções. Quanto a Obama, é a onda da actualidade. Hoje, já se consegue notar que o Povo Americano está mais confiante e isso é importante.
    Voltando ao nosso Distrito/região, nos últimos 13 anos, Portugal teve dois primeiros ministros oriundos do interior de Portugal. Não se pdoe dizer que nada foi feito. Gouveia é exemplo do investimento do Governo. Mas o que aqui falata é uma politica/investimento a nivel regional.

    Cumprimentos

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  4. Caro anonimo (10:56), não tarda está a pedir a suspensão da democracia como já alguém teve oportunidade de pedir.
    Não votar não é solução, movimentos civicos são importantes mas não como forças de bloqueio, são necessários como alavancas da mentalidade politica que se instalou neste País.
    Contudo, o papel dos partidos é fundamental, como também é fundamental mudar as ditas mentalidades.

    Cumprimentos

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  5. Os números que apresenta não surpreendem.
    Os três primeiros são os três concelhos mais populosos do distrito.
    Seria mais interessante apresentar as taxas de desemprego em cada um deles.
    Também era curioso comparar a variação do desemprego no Concelho de Gouveia nos últimos anos.

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  6. Caro Ribeira, como é possível dizer que o papel dos partidos é fundamental, quando estes, fazem eleger deputados que nada tem a ver com os distritos, ou quando têm, apenas estão lá para levantar o braço ao sinal do chefe! Que eu me lembre nunca vi nenhum deputado defender os interesses da Guarda. Mas há o trabalho nas comissões! Aonde estão os resultados? É bom não esquecer que é por causa dos partidos que o interior esta como está, ou não tem sido eles a governar? Fazia bem que quando estivesse em causa os nossos direitos, deixássemos de falar com o coração mas mais de uma forma racional, o que nem sempre acontece como é o caso.

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  7. Temos Espanha a menos de 100 kms.
    O último a sair apaga as luzes...

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  8. Para Espanha e não só! Isto aqui não dá mesmo, a não ser que ai venha uma nova revolução, nas desta vez sem flores!

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  9. De facto, mais infeliz do que os políticos, só quem ainda acredita neles. São sempre os mesmos desde hà décadas - PS - PSD - PS/PS- PS/CDS - PSD/CDSPP - PCP - CDU - BE - Verdes ... Vira o disco e toca o mesmo.
    A classe política portuguesa (salvo raríssimas excpeções, indepedentemente dos partidos) são de uma mediocridade confrangedora.

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  10. Há que arranjar uma solução, nem que para isso seja necessário deixar os partidos políticos de fora. Se eles não são a solução mas sim o problema, então que se lixem!

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  11. Caro Ribeira, em relação à construção das auto-estradas, não considero um dado adquirido de que as mesmas sejam por si só um factor de desenvolvimento dos territórios desfavorecidos. De facto as auto-estradas contribuem para o desenvolvimento do interior, quando existe uma estrutura económica e um desenvolvimento industrial em consonância. Construiram-se de facto essas auto-estradas, mas elas servem para quê ? Traduzem-se realmente em meios preferenciais de transacções económicas ? Trazem o quê ? Levam o quê ?
    Quanto a mim ajudam ao desenvolvimento, mas pouco. Levam isso sim um factor essencial para o futuro das regiões desfavorecidas, tiram-nos o potencial do factor humano, as pessoas. Existem alguns casos de sucesso na Europa (que poderei apontar noutra ocasião) de países que se desenvolveram, não através das ditas auto-estradas, construindo antes um modelo sócio-económico sustentável, melhorando à posteriori as suas vias de comunicação. As auto-estradas não são o factor mas sim um factor para o desenvolvimento. Isoladas de outros projectos acabam por ter o efeito contrário, ou seja contribuem para a desertificação.

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  12. Muito bem Aquitasebem! Perfeitamente de acordo. São pessoas destas que contribuem para um pensar a interioridade de maneira diferente! Sendo este um ano de eleições, era bom existirem iguais contributos nos partidos que almejam o poder.

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  13. Caro anónimo das 13:37, aqui lhe deixo os números que pediu, segundo a mesma edição do DN online:
    - Guarda (2.012 desempregados, 884 homens e 1.128 mulheres);
    - Seia (1.506, sendo 666 homens e 840 mulheres);
    - Gouveia (797 desempregados, 362 homens e 435 mulheres);
    - Pinhel (401 desempregados, 82 homens e 319 mulheres);
    Estes são os 5 concelhos com maior número de desempregados.

    Meda (111 desempregados), Almeida (169), Figueira de Castelo Rodrigo (173) e Aguiar da Beira (195), são os Concelhos com menor número de desempregados.

    Cumprimentos

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  14. Caro anónimo (15:04), eu defendi a existências dos Partidos e não de um qualquer partido. Agora, não me viu defender o mecanismo funcional dos Partidos. É verdade, funcionam mal. E o exemplo que dá, é o mais alarmante: a questão dos deputados. Para mim, o problema reside no facto de os partidos (leia-se direcções nacionais)colocarem parte dos seus 'boys' mais influentes, nos diferentes distritos.
    Falando da última 'fornada' de deputados que foram representar o Distrito da Guarda, quantas vezes foram vistos Miguel Frasquilho e Pina Moura no Distrito depois de terem sido eleitos? Poucas ou nenhumas...
    Isto sim tem de acabar!

    Cumprimentos

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  15. Caro aquitasebem, é obvio que as auto estradas por si só não resolvem o problema. Aliás, podem é criar outros, como por exemplo, tornar esta região num jardim, que só é visto de passagem.
    A cultura que há volta delas deverá existir é que não se tem verificado.
    Uma coisa é as AE serem fundamentais, outra coisa é as AE serem ferramentas alavancadoras do desenvolvimento, e neste campo eu não tenho duvida nenhuma de que o são.
    Uma pergunta simples lhe deixo: se tivesse oportunidade de criar uma empresa, iria construi-la numa zona com ou sem AE? A resposta parece-me simples.

    Cumprimentos

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  16. Peço desculpa mas não percebeu.
    Aquilo que lhe pedi se for possivel foi as taxas de desemprego. As percentagens.

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  17. Pois, pensei que queria os valores dos restantes concelhos, dado que só coloquei os de Gouveia. Mas já agora, que percentagens pretende, do desemprego Distrital?

    Cumps

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