terça-feira, 28 de abril de 2009

Estabilidade Governativa

A politica nacional tem vivido ultimamente sobre o fantasma das maiorias absolutas. Certamente já repararam que nenhum dos Partidos, agora na oposição, luta para vencer. Lutam sim, para que o Partido Socialista não vença com maioria absoluta. Puro erro! Mas os argumentos que se ouvem por aí contra as maiorias absolutas na sua generalidade, não servem ou não se adptam a esta realidade.
Dado que não gosto de escrever 'meias palavras', assumo desde já que, na situação que Portugal agora atravessa, sou a favor das maiorias absolutas, independentemente do Partido que a tenha.
Ontem, ao assistir à repetição do programa "Prós e Contras" da RTP1, vi dois conselheiros de estado assumirem esta mesma posição. Mário Soares e Leonor Beleza defendem que, na situação actual, a estabilidade governativa só poderá ser assegurada com uma maioria absoluta.
E é disto que realmente devemos falar. ESTABILIDADE!
Partindo do pressuposto que José Socrates ganha as eleições, apenas resta saber se será uma maioria relativa ou absoluta.
As últimas sondagens dão a Socrates uma vantagem confortável, sendo que a maioria é relativa. Com estes resultados, o PM necessitaria de efectuar uma coligação, mas com quem? Não vejo em NENHUM partido da oposição (esquerda), capacidade governativa e acima de tudo capacidade de originar estabilidade. E seguramente que Socrates também não iria aceitar qualquer coligação. Mas virar à direita nunca, mesmo com uma Manuela Ferreira Leite a piscar o olho a um Governo do bloco central. Foi na entrevista que deu a Mário Crespo, onde surgiu com um sorriso completamente fora de contexto, onde uma vez mais deu sinais de que não se encontra capaz de assumir os destinos do País.
José Socrates deve lutar até ao último dia pela maioria absoluta. É esta a minha opinião.

O estado actual do País não precisa de mais um problema que envolva a instabilidade governativa. Precisamos de ser fortes para que seja possivel tomar decisões realmente importantes para Portugal.

13 comentários:

  1. o mais certo é o PS ter de coligar-se consigo próprio...A maioria absoluta não é uma miragem.

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  2. Será que ainda não percebeu que o problema do país é José Socrates e o Partido Socialista?
    Já se esqueceu de que nos últimos 12 anos, o PS governou durante dez?
    Acha justo imputar as responsabilidades do estado em que o país se encontra aos dois anos de Governo PSD?
    Raciocine!
    Depressa esqueceram Guterres! Mais depressa esquecerão Socrates!
    Estabilidade nem em maioria a conseguiu. Lembra-se das maiores manifestações realizadas até hoje em Portugal?
    Tambem agora não vai têla!

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  3. Relativamente às "maiorias absolutas", discordo do seu ponto de vista.
    O que a realidade nos tem mostrado é que as maiorias absolutas não têm servido para a implementação do conjunto de promessas e compromissos pré-eleitorais estabelecidos com o eleitorado mas antes para conceder a utilização do poder discricionário com que nos temos habituado a ver as maiorias absolutas transformarem-se em ditaduras partidárias.

    Não é favorecendo a obtenção de maiorias que se promove a estabilidade. É responsabilizando o governo e a oposição por todas as suas acções.

    É claro que “Não há soluções perfeitas”. Mas há soluções mais democráticas do que outras. Devemos exigir responsabilidade a todos os actores da democracia, para que não se sacrifique o pluralismo às mãos da estabilidade.

    ...............................................

    Além disso observa-se cada vez mais um esbatimento das diferenças entre esquerda e direita, pois são desvalorizadas as questões do conteúdo da política, da natureza de classe e das opções governativas.
    Por outro lado, os partidos estão cada vez mais desprovidos de motivações ideológicas, restando aos eleitores optar por um padrão único de políticas em tudo idênticas.
    Esquerda e direita são obrigadas a entender-se para quase todas as reformas constitucionais, que exigem votações por maioria qualificada. No resto, e de facto, limitam-se a discutir, de forma artificialmente “acirrada”, as modalidades e os graus de intervenção do Estado e os detalhes polémicos da concertação social, no entanto, parece-me que qualquer pessoa, quer seja de esquerda ou de direita, tem preocupações sociais.
    A maior diferença entre direita e esquerda na política, existe nas posições extremas dos partidos que ocupam as franjas do espectro ideológico.
    Por isso parece-me que a questão do Bloco central pode fazer (hoje) mais sentido que nunca. A ver vamos...

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  4. Ó piqueno cai na real !

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  5. Anónimo das 21,54: A maior manifestação de sempre? A do primeiro 1º de Maio em 1974, ou então aquela... contra o 1º Ministro Cavaco Silva na Ponte 25 de Abril.
    Em 35 anos de democracia, quantos governou o PSD sózinho ou coligado? Quem foi o "pai do monstro"? E a mãe- Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite!
    No PSD é que o líder actual é sempre melhor que os anteriors. Foi assim com Sá Carneiro, com Mota Pinto, com cavaco Silva, com Fernando Nogueira, com Rui Machete, Com Durão, com Santana, com Luís Filipe Menezes, com Manuela F. Leite e assim continuará a ser com quem vier a seguir! E já há muita gente no PSD a rezar pela pele da Manelinha...

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  6. Caro Ribeira, concordo consigo num aspecto, é preferível uma maioria absoluta do que uma coligação à direita. Assino por baixo.
    Agora não me vendem é a ideia de que a maioria absoluta é a única forma de garantir a estabilidade governativa. Há exemplos de governos minoritários que funcionam bem por essa Europa fora. Assim haja vontade e responsabilidade política dos partidos, existem sempre condições para governar bem sem maiorias absolutas. Considero até que muitas vezes os governos minoritários são aqueles que se conseguem esforçar melhor numa busca de soluções governativas, uma vez que sabem que não podem excercer um poder autoritário e que estão permanentemente sob vigilância e pressão.
    As maiorias resultam quase sempre em tiques autoritários, desleixo governativo e legislativo, e atritos com os grupos representativos da sociedade (para o bem e para o mal). Na minha opinião (parcial) o melhor governo sairá de uma coligação (pós-eleitoral) PS-BLOCO. Cá estarei para dar o meu contributo a esta causa (leia-se voto).

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  7. Caros leitores, aproveito esta breve passagem pelo blogue, para vos pedir desculpa de ainda não ter feito nenhuma apreciação, dado que não tenho parado em frente ao computador. Prometo, ainda hoje, pronunciar-me sobre as vossas opiniões. Até logo

    Cumprimentos

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  8. Caro anónimo 21:06, eu, como você e se calhar muita gente, pensa que a maioria não é uma miragem tal é a qualidade da oposição.

    Caro anónimo 21:54, permita-me que o emende... o PSD esteve lá 3 anos e picos.. logo as suas contas não são de confiar (brincadeira). Em segundo lugar, uma coisa é certa, esses tempos de governo do psd/cds foram uma desgraça e daí surge a maioria a socrates. Penso que o fundamental tá dito.. Caso socrates fosse o problema de portugal como afirma, talvez Ferreira Leite liderasse as sondagens, mas nem isso...~

    Cumprimentos a ambos

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  9. Cara Justiceira, qualquer oposição com pensamentos de poder jamais se sente tentada a ajudar os adversários directos. Logo esse seu pensamento cai por terra. Mais, acredita mesmo que um Governo minoritário consegue vingar neste País com a situação que vivemos?
    Eu não acredito!

    Cumprimentos

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  10. o anonimo das 11:55 teve um pensamento curioso... pena que pouca gente se lembre dele! Parabéns e volte sempre com as suas palavras 'abre olhos'!!

    Caro aquitasebem, eu nunca afirmei que a maioria absoluta é a única forma de garantir a estabilidade! Apenas disse que na situação actual, não consigo vislumbrar mais nenhuma situação em que a estabilidade esteja garantida. Direita jamais, mas com a esquerda não será muito diferente, embora concorde consigo que o BE será o partido mais tentador, mas caso seja necessário!

    Cumprimentos a ambos

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  11. Este pais torna-se ingovernável, quando não existem maiorias absolutas. As grandes reformas iniciadas com José Sócrates, e que terão necessariamente de continuar, só serão possíveis, quando no parlamento, não for necessário negociar e quantas vezes ceder, para agradar a classes cooperativistas que minam a nossa sociedade. Assim, se o resultado nas próximas legislativas trouxer algo de diferente, prevejo uma situação de impasse, até porque Sócrates não saberá governar de outra forma, e caminharemos a passos largos para novas eleições...

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  12. Caro Ribeira, não se trata de ser ou não necessário, um governo com o contributo do BE é mesmo a melhor solução para "puxar" a governo para a esquerda (se bem que Sócrates tenta fazer passar essa imagem). Este ano a "coisa" (leia-se governação) está mais "descaída" para a esquerda, mas mal passem as eleições, volta a inclinar-se, se me faço entender.

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  13. Caro anónimo 11:38, esse é o meu maior receio, saber que caso não haja maioria absoluta, as eleições se repitam passado pouco tempo.

    Caro aquitasebem, quando referi se for necessário, referia-me ao facto de ainda não sabermos se o PS obtém ou não a maioria absoluta. É simples esse facto. Agora, repito o que disse, a haver coligação que seja com o BE.

    Cumprimentos

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