quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dose dupla

Ontem, na entrevista da RTP, tivemos um José Socrates igual a si mesmo... implacável nas respostas e na postura!
Verdade seja dita, uma pessoa só responde ao que lhe perguntam, e se houve ali alguma falha no que toca a questões pertinentes, ela é da inteira responsabilidade de quem conduziu a entrevista.
Depois de tudo que já li, penso que dois dos assuntos que estavam a marcar a actualidade ficaram esclarecidos: relação com Cavaco e o Freeport.
Socrates esteve muito bem quando falou do Presidente. Mostrou o respeito que lhe é exigido e acima de tudo falou da instrumentalização de Cavaco por parte da oposição.
Uma coisa ficou clara: Socrates pouco ou nada se tem a preocupar com a oposição. Dá-lhe mais dores de cabeça Cavaco Silva. Em relação ao Freeport, o PM mostrou-se mais agressivo e pela primeira vez apontou (E BEM!!) o dedo à TVI e a Manuela Moura Guedes. Esta por sua vez, sentiu-se incomodada e processou Socrates. A ver vamos o que dá esse processo.
O grande problema desta entrevista foi o facto de se ter aplicado pouco tempo em relação ao trabalho desenvolvido pelo Governo e faltou falar do futuro. De certeza que o PM teria muito a dizer, não fossem os temas e os tempos reservados para os outros assuntos tão dilatados.

Hoje, e no seguimento da entrevista de ontem, José Socrates voltou a brilhar no debate quinzenal no Parlamento. No que toca a argumentação, naquele Parlamento 'não há pai para Socrates'.
Retiro também, a agressividade crescente com que Paulo Rangel pensa ganhar pontos. Parece que o facto de ser cabeça de lista às Europeias, lhe dá algum estatuto especial e que lhe permite falar como fala. Como hoje, também na segunda feira nos Prós e Contras se portou muito mal. Refiro-me simplesmente à maneira como diz e não ao seu conteúdo.

5 comentários:

  1. A manelinha(moura guedes) devia era estar calada. Só ela não percebe o atentado que é o jornal de sexta feira.

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  2. Dose Dupla, é depois da falta de respeito pelos portugueses do Primeiro Ministro termos de te aturar a ti!

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  3. Caro anónimo(20:56), tem bom remédio... não volte cá, logo não terá de me aturar!

    Cumprimentos

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  4. Relativamente aos assuntos da actualidade... caso freeport e relação com o PR, eu não fiquei esclarecida.
    O discurso do PM foi claramente bem estudado e até se saiu bem... mas " espremido"….
    José Sócrates revela-se cada vez mais demagogo e apesar de bem preparado, ainda revela pouca tolerância à crítica e alguma agressividade “mal elaborada”.
    A sua posição "à defesa" fez com que outros assuntos importantes para o país, mas menos importantes para o seu “umbigo” fossem descurados e “menos bem preparados”(p. ex. economia).

    Com esta entrevista, que “aparentemente” correu bem e em que foram abordados assuntos de actualidade, no fundo, foi mais uma estratégia de marketing político, para “acalmar” os ânimos.
    Desta forma José Sócrates quer passar a imagem e a sensação que os assuntos “falados” ficam resolvidos e deixam de ser problema. Talvez funcione, mas para uma percentagem reduzida de eleitores. Penso que as pessoas estão mais atentas e perspicazes e já não vão em “cantigas”...

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  5. Cara justiceira, um dos pontos que toquei no post foi realmente o pouco tempo que se teve a falar do País e do seu futuro. Mas quando sobre o PM existem suspeições e quando vemos a relação azeda entre o PR e o PM, é natural que se perca tempo a falar disso. Agora, a entrevista deveria era ter o tempo mais bem dividido. E neste campo, Socrates não é culpado, a não ser que no Jornal de Manuela Moura Guedes, apareça a noticia que foi socrates a escolher as perguntas (brincadeira).

    Cumprimentos

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