terça-feira, 16 de junho de 2009

O pós europeias

O Partido Socialista reuniu ontem, no Largo do Rato, a Comissão Politica Nacional sob o pretexto de fazer a análise da situação politica.
Interpelado pelos jornalistas à entrada para a reunião, Socrates mostrou a humildade que lhe era pedida e acima de tudo deixou a certeza de analisar os erros e proceder à mudança necessária tendo em vista a estabilidade governativa, sendo que para isso, o PS terá de ganhar as eleições de Setembro.
O Primeiro Ministro disse que o PS iria lutar por uma maioria que permitisse ao PS governar. Os jornalistas, ao não ouvirem a palavra "absoluta", deduziram que Socrates já se contentava com uma maioria relativa. Puro engano. No final da reunião, dissiparam-se as duvidas. Socrates disse que "nós queremos uma maioria parlamentar que permita ao PS governar sozinho. Uma maioria parlamentar é uma maioria absoluta, que eu saiba, a não ser que haja outra maioria parlamentar que permita governar sozinho".
Mas isto não é sinónimo que o PS não esteja aberto a coligações depois das eleições. Contudo, devemos reter a mudança de discurso realista que José Socrates fez. Não podia continuar a olhar para o resultado das europeias de maneira indiferente.

O pós europeias já se reflecte e de que maneira no PS.

4 comentários:

  1. O pior de Sócrates é que não consegue entender, que as pessoas votaram no PS, pretendem efectivamente um governo de esquerda. Ao contrario, andou-se a encostar à direita e teve os resultados que teve, mas parece que ainda não aprendeu, e agora com isto do TGV, volta a cair no mesmo erro. O PSD reclamou (como se não tivessem nada a ver com a tal projecto), e Mário Lino já anda meio confuso outra vez. Ao PS foi-lhe concedida uma maioria à 4 anos para governar, e é isso que deve fazer até ao fim, não se deve abster de tomar decisões apenas porque faltam alguns meses para eleições, o que só revela medo, o pior dos sintomas de fraqueza!

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  2. Caro anónimo 9:39, no que toca ao TGV, acho que depois das palavras do Presidente, é preferivel adiar por pouco tempo a obra do que ver a mesma obra ser vetada por Cavaco. Acho que aqui Socrates, inteligente, antecipou-se a um chumbo certo de Belém.

    Cumps

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  3. Não meu caro Ribeira, isso é um sinal de medo e de insegurança, sem justificação, pois o programa de governo foi aprovado à 4 anos atrás pela maioria do povo português. Quanto ao Cavaco, acho que um homem que fala tanto em contenção, deveria dar ele próprio, o exemplo e deixar-se das suas belas viagens do género, vou à Turquia mostrar aquilo à minha Maria e o povo que pague. O exemplo deve vir de cima e como todos sabemos, cavaco é um mau exemplo!

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  4. Caro anónimo, eu concordo consigo, mas dentro do actual cenário e da imagem desgastada do Governo, penso ter sido a melhor opção, embora eu seja completamente a favor da linha de alta velocidade e do aeroporto como meios de dinamizar a economia.

    Cumps

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