Já aqui tive oportunidade de falar sobre a empresa Águas do Zêzere e Côa e da consequente privatização da água.
Critiquei, em tempos, a maneira como este dossier foi tratado por parte da Câmara de Gouveia, escolhendo a saída mais fácil para o problema da falta (pontual) de água em algumas zonas do Concelho.
Não mudei de opinião e penso que o meu péssimismo era (é!) mais do que justo.
Disse na altura que a privatização deste bem precioso iria ser catastrófico para as carteiras das pessoas, muito particularmente dos Gouveenses.
Pois bem, li hoje no diário as Beiras declarações do Presidente da Associação de Municipios da Cova da Beira que nos mostram, sem surpresa, a situação negra que a privatização da água irá trazer. Disse "que novas tarifas de água, que as autarquias terão que cobrar aos munícipes, vão ser quatro vezes mais elevadas do que em Lisboa e no Porto." Gouveia não será, seguramente, excepção.
O problema dos problemas é que eles só surgem depois de tomarmos decisões que não foram as mais correctas.
Caro Ribeira, felicito-o pelo tema dest post. A água é um bem essencial à vida e ao bem estar, como tal a sua gestão deve visar servir a população, toda a população, sem objectivos mercantilistas. Infelizmente em Portugal há muitos pobres, que por falta de recursos financeiros não podem pagar a àgua, e que assim vêem-lhes vedado o acesso a este recurso.
ResponderEliminarA verdadeira solidariedade que devia existir na nossa sociedade, deveria passar também pela facultação destes recursos naturais, como a água, a todos os portugueses.
Na Bélgica ou em França existe um sistema solidário que visa garantir a ÁGUA a todos os cidadãos. Para isso é debitado em todas as facturas 1 cêntimo que visa garantir esse bem precioso aos mais necessitados (desde que provem que não têm rendimentos).
O que se verifica em vários municípios que pretendem igualmente privatizar, ou já privatizaram a água, é a falta de princípios e valores em relação a um bem que é um DIREITO da HUAMNIDADE e que deve servir TODOS, sem excepção. Esta política de privatização é completamente contrária ao rumo que deveria ser seguido, um sistema solidário e qualitativo em prol das populações, neste caso dos gouveeenses.
Caro aquitasebem, depois da quantidade de comentários que este post teve, fico com a sensação de que o problema não é, pelos vistos, problema. Fico igualmente com a sensação que os cibernautas da blogosfera Gouveense não têm noção do "roubo" que irão sofrer. Talvez na altura, quando chegar a primeira factura da água, as pessoas caiam na realidade.
ResponderEliminarDesculpe este desabafo mas não podia deixar de mostrar o meu desagrado.
Quanto ao seu comentário, tenho apenas a dizer que concordo totalmente com ele.
Cumprimentos