sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Toca a aumentar!


Hoje fomos presenteados com mais uma noticia penosa para as famílias Portuguesas e também para as pequenas e médias empresas. "Preço da electricidade sobe 2,9 % no próximo ano".
A análise que pretendo fazer poderá ser classificada como um desabafo, dado que já me encontro saturado de ver aqueles que ganham milhões quererem, sem razões aparentes, ganhar ainda mais milhões.

Neste campo, podemos comparar a electricidade aos combustíveis que utilizamos nos nossos automóveis. Neste campo, podemos comparar a EDP à GALP.

Estas duas empresas, obtiveram em plena crise económica mundial, milhares de milhões de euros de lucro. Não são dois "tostões"!

No caso da electricidade, os aumentos verificam-se anualmente e no caso dos combustíveis, o aumento anda ao sabor do preço do barril de petróleo.

Não é moralmente aceitável que com lucros deste calibre, estas empresas aumentem sempre os preços aos consumidores. Se ao menos a qualidade de serviços tivesse melhorado... mas nem isso verificamos.

Cada vez me convenço mais de que entrámos na era do toca a aumentar!... e o Povo que aguente!

11 comentários:

  1. Caro Ribeira, é sempre bom falarmos nestas coisas, nem que seja para os mais desprevenidos.
    Tocou num ponto ainda melhor do que a EDP, a GALP.
    Se a EDP já nos rouba à descarada, para a GALP então não há descrição. Não é à toa que o povo repara que, para subir o preço dos combustíveis, é uma questão de horas, mas, ao invés, quando é para descer os mesmos preços, demoram-se semanas, até meses.
    O maior problema é mesmo o Governo pactuar com esta situação, mas, se formos a ver bem, é algo que lhes dá jeito. Quanto maior o rendimento destas empresas, maior será o retorno para o Estado.
    Enquanto isso, andamos todos a contar os trocos para meter combustível no depósito do carro que custa, às vezes, o dobro do que custava num qualquer país da UE, e a fazer contas de cabeça para descobrirmos como é que vamos pagar a renda ou a prestação da casa, a conta da luz que a EDP insiste em aumentar porque a concorrência tarda em estabelecer-se, a conta da água que vai aumentar exponencialmente assim que a distribuição for privatizada, a conta do gás, que muitos de nós pagamos à GALP também (e para quem lida com eles sabe muito bem qual é a relação preço/qualidade do serviço e do atendimento), a conta da Internet, que é um mal necessário, mas, que ainda assim, é uma das que vai baixando porque a concorrência começa a obrigar a isso.

    Enfim, vamos aguentando conforme conseguimos, mas se isto continua assim, tende mais a piorar que a melhorar...

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  2. Agora tenho menos tempo para o blog, mas cá vou dizendo uma coisas quando o tempo permite, o assunto interesa e os contários são decentes.

    O Problema da Luz, da Gasolina, das telecomunicações, chama-se falta de concorrência.

    Por mais que se diga, em Portugal não há concorrência, como sabem na gasolina fala-se mesmo em cartelização.

    Basta ver nas auto-estradas os preços são iguais entre as gasolineiras.

    Na electricidade para as empresas existe alguma concorrência, nos domésticos nada.

    A juntar a isto, existem culpas do governo Sócrates, do Ministro Pinho e da autoridade da concorrência.

    Da autoridade, retiraram o Prof. Abel Mateus para colocarem o Dr. Sebastião, procurador pessoal de Pinho.

    Quando foi do aumento há dois anos foi uma trapalhada entre o que dizia o ministro e o Secretário de Estado.

    Se o Governo tem Golden Share, tem que exercer o poder como deve ser, ou então sai, deixa o mercado funcionar e incentiva a concorrência.

    Sócrates demite-se de exercer a autoridade, mas quer nomear a rapaziada para as administrações.

    Façam como o Bloco quer, nacionalizem tudo, a luz é subsidiada e a dívida pública aumenta.

    As alternativas são ainda uma gota de água, que na minha opinião o futuro é a nuclear pelo processo de fusão a frio.

    Cumprimentos

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  3. Caro Pedro, acho que tem muita razão no que diz.
    Embora concorde com algumas das medidas do Bloco, acho que a nacionalização é uma medida extrema que muito perde face à implementação da concorrência.

    Também acho que, em termos de telecomunicações, já estivemos pior e, lá está, é um dos mercados em que há mais concorrência.

    Quanto às energias, discordo um pouco. Acho que o futuro está nas energias renováveis. A energia nuclear continua a ser uma alternativa demasiado perigosa e poluente. Visto termos uma costa extensa, uma das soluções seria o aproveitamento da energia das marés. Começamos a apostar fortemente na energia eólica. Uma das melhores soluções, no meu ponto de vista, era povoar o nosso Alentejo desertificado com campos de painéis solares. Tendo em conta que temos empresas nacionais que estão a revolucionar esse campo, seria uma boa aposta.
    Outra medida, que certamente este Governo não terá coragem de tomar face à pressão das gasolineiras, era reduzir o imposto sobre veículos híbridos e eléctricos, estimular a expansão dos postos de abastecimento eléctrico, com preços acessíveis, à semelhança do que começa a ser feito nos grandes centros e melhorar o apoio às empresas que se dedicam à investigação e desenvolvimento destas tecnologias. Até temos o exemplo de um engenheiro de Gouveia que está envolvido no projecto do primeiro carro eléctrico português.

    Para quem não conhece, aconselho vivamente a ver o documentário 11th Hour, no qual vários especialistas deste campo chegam à conclusão que, com as tecnologias já existentes, a nossa dependência do petróleo poderia ser reduzida em 90%. Bastava para isso livarmo-nos dos lobbies do petróleo, se isso não significasse, infelizmente, o desmoronamento da economia mundial.

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  4. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  7. Caro Frankie e Pedro, e se aos combustíveis e electricidade juntarmos a exploração da água? Ainda aumentaria a complexidade do assunto não?

    PS- Como eu já referi, comentários que não tenham nada a ver com o post, não ficam visíveis.
    Assim, evitam-se os verdadeiros atentados a que assistimos nos comentários a posts anteriores.

    Cumps

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  8. Caro Ribeira, antes de mais nada, quero felicitá-lo pela decisão quanto aos comentários. Numa altura em que a boa educação e o respeito estão fora de moda, acho que foi uma boa medida.

    Quanto à água, já tinha referido no primeiro comentário. Quando as câmaras municipais decidirem deixar a distribuição para empresas privadas, vamos todos levar as mãos à cabeça...

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  9. Caro Frankie, isso vai acontecer em Gouveia, através das Águas do Zêzere e Côa.
    Poderá já começar a deitar as mãos à cabeça...

    Cumps

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  10. Porquê?

    A Câmara não existe para gerir a água, tem é que trabalhar no cumprimento de um bom serviço.

    Cumpts.

    A concorrência nas autarquias é uma miragem, depois a água é paga a um preço irreal, retirando investimento em outras áreas.

    Economia de escalas

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  11. Caro Pedro, como eu já aqui tive oportunidade de dizer, na minha opinião, a Câmara optou pela maneira mais simples de resolver o problema da água. Eu não vejo um futuro risonho, mas pode ser que eu me engane.

    Cumps

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